Apresentação&Resenha



Eai galerinha, meu nome é Pedro Hang Loos (sim, usem e abusem do meu nome) também chamado de hang loose pelo simples motivo de poderem fazer aquele gesto com o mindinho e o polegar cada vez que falam comigo (não sejam essas pessoas) e vou deixar a pronuncia dele em off pra vocês serem os primeiros a descobrir, sendo que ninguém fora da minha família o faz. Então, além do nome o que mais há para falar de mim? Bem, tenho 16 anos, sou de uma cidade pequena, tenho um irmão gêmeo e gosto tanto de escrever e ler que meus amigos não falam de livros comigo porque eu supostamente não calo a boca e também não me olham muito felizes quando dou livros de presente de aniversário pra eles, vai entender... Quanto a leitura, acho que é uma das únicas coisas em que sou completamente eclético, vocês me verão (lerão?) fazer resenhas sobre os mais variados tipos de livros, sim adoro fantasia, sim adoro ficção, sim adoro romances, sim adoro os mais variados gêneros, o importante pra mim é ser livro e ter cheiro de livro .

Quanto a escrita dessas resenhas, eu gosto de manter o tom delas bem crítico, ou seja, meto o pau mesmo se o livro não cumprir o que me prometeu (cruzou os dedos ou o que? ¬¬º) e também tento não dar muitos detalhes da história além da sinopse porque o objetivo principal das minhas resenhas será sempre recomendar ou prevenir você, leitor, de ótimos livros e de outros nem tão bons assim. Obstante do fato que eu protelo muito e portanto minhas resenhas geralmente são bem longas, eu espero que gostem da minha participação aqui no blog e que não façam brincadeiras com meu nome (não pode viu?), e eis aqui minha primeira resenha, que será sobre o aclamado livro As aventuras de Pi:




Resenha - As aventuras de Pi (Life of Pi)








Autor: Yann Martel
Editora Nova Fronteira
Páginas 424
Ano 2001

Sinopse: Uma família de um dono de um zoológico localizado em Pondicherry, na Ín
e mudar para o Canadá, viajando a bordo de um imenso cargueiro. Quando o navio naufraga, Pi consegue sobreviver em um barco salva-vidas. Perdido em meio ao oceano Pacífico, ele precisa dividir o pouco espaço disponível com uma zebra, um orangotango, uma hiena e um tigre-de-bengala chamado Richard Parker. 







Antes de começar a resenha, quero primeiramente levantar a questão polêmica no qual está envolvido esse livro e também nós, brasileiros. Foi de conhecimento geral quando o filme desse livro começou a ser filmado (11 anos depois do lançamento do livro) de que a obra do escritor Yann Martel fazia uma alusão de peso ao livro Max e os Felinos escrito pelo brasileiro Moacyr Sciliar. Após todo esse agito, entrevistas polêmicas de Yann e uma reação serena de Moacyr, perdurou-se uma pergunta: se a história do jovem Pi era mesmo uma cópia descarada da do personagem de Moacyr. Bem, eu não vou entrar a fundo nessa questão, porém eu li Max e os Felinos antes de começar a ler Life of Pi e posso dizer apenas que os elementos, algumas bases, estão lá, mas um plágio com certeza não o é. Pessoal, eu falo disso logo no começo com o intuito de deixar explícito que é irrelevante à essa resenha o livro do brasileiro, estarei expressando minha opinião sobre o livro As aventuras de Pi, e apenas sobre ele, sem alegorias de comparações ou coisa do tipo. Posto isso, podemos começar a falar sobre tigres, hienas e toda a fauna de ideias que um livro pode ou não nos trazer.


Piscine Molitor Patel. De começo o livro nos leva a crer que o garoto é apenas mais um típico menino indiano, porém logo surgem algumas peculiaridades singulares em sua constituição, como é de praxe em protagonistas. A primeira é o fato de Pi viver em um zoológico, mesmo antes de termos conhecimento desse aspecto o autor já o usa como um trunfo para dar volume e riqueza à obra, a pesquisa de Yann Martell é muito bem feita, fluida e detalhada, as primeiras páginas do livro se vão rapidamente em meio a essa torrente de detalhes que se alternam entre informações técnicas numa linguagem bem didática à fantásticas observações da psique dos animais com quem os personagens se encontram.  A segunda singularidade encontrada no garoto é a miscelânea de religiões que Pi adota ao longo do início do livro, levantando paradoxos muito interessantes, sejam na forma de diálogos entre os considerados adultos ou nos pensamentos do garoto Pi. “Qual deus é valido e verdadeiro?”; “A salvação está em algum deus? Se sim, qual?”; “Há relevância na resposta dessas perguntas?”. Questões como essas são levantadas com a introdução do tema espiritual e proporcionam um dos pontos altos do livro, sendo pouco explorados pelo autor, nos dando a impressão de que esse assunto enraizado de relevâncias e questões globais será mais aprofundado ao longo do livro, porém tal expectativa não poderia ser mais falha e errada.

Ao decorrer do livro inicia-se o grande clímax do mesmo, Pi perde coisas que qualquer ser humano a caminho de se tornar adulto precisa, os pilares desse caminho são destruídos e o menino está em uma situação nada boa depois de tais acontecimentos. O mais curioso e infelizmente frustrante na obra é que a partir desse clímax que traz consigo tanto potencial, a escrita antes tão fluída e o enredo com um terreno tão bem preparado, começa a deslanchar e se desfazer.  A questão espiritual e sua aparente relevância para a constituição da obra não é mais levantada, os detalhes caem na mesmice até se tornarem apenas descrições de cenários estonteantes, porém que só servem de pano de fundo para consolar o leitor do vazio que a falta de profundidade que o rumo do enredo traz e para a escrita que se torna inadequadamente caricata, transformando  momentos vitais em simples passagens que mal são notadas, tamanha a aparente inconsciência que o autor tem quanto ao potencial do enredo escrito.

É claro que alguns acertos ocorrem ao decorrer do livro graças a sua boa premissa, sendo um dos principais o próprio final da história de Pisicine, que tenta ligar de maneira inteligente o decorrer de toda a obra à subjetividade que os acontecimentos inverossímeis da mesma proporcionam, estabelecendo um paradoxo forte, mas que cai no mesmo problema de outras passagens do livro: sem polidez ou preparo adequado, acaba por não ter a merecida relevância proporcional a sua importância. Isso explicita a situação em que o livro permanece durante maior parte de sua história: com o terreno e as peças para um grande projeto já estabelecidos, porém sem a funcionalidade e o acabamento necessários para completa-lo, deixando assim uma frustração inevitável para o leitor, fazendo-o querer acreditar que o que acabou de ler tem uma mensagem clara e profunda, mas essa vontade entra em choque com a sensação de que a profundidade foi inexistente e a premissa apenas contada, sem nenhum esforço suficiente para estabelecer alegorias ou mesmo uma ligação emocional com a história do garoto hindu/cristão/muçulmano que ficou preso com um tigre por mais de 200 dias.


Avaliação geral: 3/5 




1 Comentários

1 Comentários:

  1. Primeiramente gostaria de te parabenizar pelo dia do blogueiro e dizer que nao fiquei muito animada com esse livro, pois uma amiga tbm fez resenha do livro e nao gostou do fato das pesspas da ondia serem sujas e tdo mais. Pelo menos eh oq lembro. Mas gostei da sua resenha. Mesmo assim n me convenceu a ler viuuu..mas enfim

    outra coisa desculpa por escrever pouco pois estou pelo celular por estar sem net....espero que volte loo :-\
    Assim que eu voltar eu farei uma postagem nova e espero que apareça lah. Beijinhos

    lovereadmybooks.blogspot.com

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