Resenha: Morte de Tinta - Cornelia Funke

Autor: Cornelia Funke

Ano: 2010

Nº de Páginas: 576

Gênero: Fantasia / Infanto Juvenil

Editora: Cia. das Letras

Skoob: Morte de Tinta

Morte de Tinta começará algumas semanas após o 2º volume, Sangue de Tinta. Meggie, ao se apaixonar por Farid, se depara com as alegrias e decepções do primeiro amor. Resa, mãe de Meggie, traz em seu ventre um novo herdeiro. E Mortimer, nosso herói, que no Mundo de tinta assume a personalidade do Gaio, espécie de Robin Hood, tem que lutar contra o próprio personagem que interpreta, já que pouco a pouco começa a se confundir com ele e a se esquecer de quem é no mundo real. - Tudo Sobre Livros, porque a resenha oficial era grande demais e estranha.

Eu terminei de ler esse livro há um bom tempo, mas só agora resolvi fazer a resenha. Não sei porque demorei tanto. Pra quem não sabe, esse é o último livro da trilogia Mundo de Tinta, iniciada com Coração de Tinta. Os livros anteriores já firam resenhados aqui. Essa resenha contém pequenos spoilers dos livros anteriores.

Ainda no Mundo de Tinta de Fenoglio, Mortimer tenta consertar o erro que cometeu ao encadernar o livro em branco que tornou Cabeça de Víbora imortal. Ele assume totalmente o papel de Gaio, o que achei muito legal, principalmente porque ele fica se perguntando se aquilo era o poder das canções de Fenoglio ou se era ele mesmo.

Enquanto o primeiro livro se foca mais no ponto de vista de Meggie, este já gira mais em torno de Mo como Gaio e seu papel no Mundo de Tinta. Com o tempo me acostumei com isso e até passei a gostar, já que Meggie ficou um pouco chatinha aqui.

Devo confessar que as altas expectativas que eu tinha com esse livro não foram alcançadas. Apesar de ter gostado, a sensação que ele deixa (juntamente com Sangue de Tinta) é que a escritora só fez uma trilogia por causa dos sucesso do primeiro. 

Tudo bem que a história ainda continua muito, mas muito legal (e é uma das minhas sagas favoritas), com personagens cativantes (aqui com exceção de Meggie) e verossímeis, mas o que realmente me decepcionou foi o modo como ela foi contada, com tanta enrolação. Não havia necessidade de tantas páginas. Em alguns momentos a autora fica narrando, narrando sem nenhum diálogo. Isso deixou a leitura muito cansativa e me fazia ter preguiça de continuar lendo.

Meggie ficou sem graça. Sua parte no livro era em sua maioria ficar devaneando sobre seu romance, sobre a segurança de seus pais, mas fazer alguma coisa que é bom... quase nada. O romance entre ela e Farid acabou de descer a ladeira. Cornelia tentou fazer um triângulo, mas ficou tão superficial que você acaba nem torcendo por alguém. Por outro lado, a relação entre Resa e Mo ficou muito interessante de se ler, eu adorei (amei) a Violante e seu filho mimado e chato e tem algo legal sobre Dedo Empoeirado que não vou contar para não fazer spoiler.

 

4,5

História extremamente magnífica, mas enrola um pouco, tornando a leitura cansativa

Para a Cia. das Letras:

Achei vários erros de diagramação no decorrer do livro, tais como "aspas" no lugar do travessão em algumas falas, travessão onde não é uma fala e a falta dele em outros lugares. Mas o pior de todos foi ter substituído o termo saltimbanco para menestrel. Se mudaram o tradutor, o novo deveria ter pelo menos lido os anteriores para não fazer coisas como essa. Pisou na bola, editora.

Corujinha Leitora